É tempo de transição. Antes de tudo, para nós, Espíritos que tivemos a renovada oportunidade de nascer na Terra para dar continuidade ao trabalho milenar de educação de si. Depois de tanto tempo e tantas chances desperdiçadas, a Providência decidiu dar um "empurrãozinho" no processo. Permitiu que bilhões de Espíritos dos mais variados graus de auto-consciência e das mais variadas estirpes compartilhassem juntos a experiência terrena.
Assim, pela inédita diversidade de caracteres, tendências, hábitos e gostos, não só coexistindo, como sendo quase coagidos a manter contato uns com os outros, nos vemos diante de um enorme desafio espiritual: seguir em frente no propósito de nos alinhar com a Verdade, mas sem perder de vista a profunda falta de propósitos espirituais que assola a maior parte daqueles que hoje habitam a Terra.
O que Deus propõe ao nos colocar diante dessa situação? Ele nos mostra o caos como quem oferece o campo selvagem para o agricultor, dizendo: "Aprimora tuas habilidades, direciona a tua disposição para o trabalho e terás a oportunidade de ceifar, capinar, arar e semear não mais para as necessidades do corpo, mas da alma. Trabalharás de agora em diante no Bem Verdadeiro, plantando no hoje para a Eternidade."
O campo inculto é a massa de Espíritos absolutamente alheios aos princípios mais elementares da Verdade que hoje, entre muitos tropeços, nós temos nos esforçado para tornar viva em nossas vidas. E o trabalho que Deus nos oferece é o da lapidação diária das arestas rudes que trazemos, de forma a nos tornarmos aptos a refletir, minimamente que seja, o Brilho da Verdade e a trazer um pouco de Luz para os que teimam em fechar os olhos para Ela.
É essa Luz que trabalhos como o que o Grupo Arte Nascente (GAN) realiza há 22 anos tem ajudado a trazer para a Terra. A Luz da compreensão de si, da elevação do pensamento e do desabrochar do sentimento. Luz que lança sobre o valor da Vida uma percepção mais ampla e profunda. Que já ajudou tantos Espíritos a reencontrarem os Propósitos Superiores da existência. E que agora está prestes a dar mais um passo na jornada a que se propôs. Certamente, sob as bênçãos do Senhor!
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Ele nasceu para Amar. E você?
Cada Espírito que vem a este mundo tem um propósito específico. Não falo simplesmente da necessidade de "expiação" e "melhoramento progressivo" que se aponta em O Livro dos Espíritos, questão 167. Se é certo que todos os que habitamos a Terra voltamos a ela porque precisávamos expiar faltas e nos melhorar, não podemos nos contentar com essa certeza. O aproveitamento pleno dessa oportunidade na carne pede mais de nós.
Quando Santo Agostinho, respondendo à pergunta 919 do livro-base, nos remete ao clássico preceito grego conhece-te a ti mesmo, ele não está apenas demonstrando erudição, nem deduzindo obviedades espirituais. Ele está nos chamando a atenção para a chave mais segura de que dispõe o Espírito encarnado para cumprir seu propósito específico neste retorno ao mundo material.
É que antes de vir, nós planejamos. Escolhemos, com maior ou menor interferência dos Bons Espíritos, quais os pontos mais urgentes a serem trabalhados dentro da vasta anterioridade composta pelos quadros de memória e pelas referências energéticas que acumulamos ao longo dos milênios*. Determinamos sexo, família, local de nascimento, filiação religiosa, área de atuação profissional, possíveis reencontros com Espíritos afinizados pelo amor e também pela dor...
Reencarnamos dentro de um planejamento feito sob medida para que tenhamos de lidar frequentemente com os sentimentos doentes. Para que, nos deparando com eles, tenhamos a oportunidade reiterada de tratá-los, de reorganizar energeticamente o perispírito e, então, partir para outros passos na jornada espiritual.
Porém, se eu não me conheço, tudo se torna mais difícil. Vêm as ilusões, os velhos vícios, os relacionamentos doentios... E, se eu não reflito sistematicamente sobre mim mesmo, como Espírito que está em processo de reparação específica de determinados erros do passado, a tendência é a de ficar desnorteado quando a luta pede mais esforço, mais disposição, mais vontade de superação.
Se eu me dedico seriamente a entender o que vim fazer aqui, ganho em objetividade na hora das escolhas, em serenidade diante da prova e em fortaleza espiritual para superar obstáculos. E, nesse processo, a despeito das quedas que invariavelmente surgirão, poderei galgar com cada vez mais decisão o caminho da Vida Eterna, a vida do Espírito que já superou o ego e a ilusão material.
Poderei, como um dia Jesus, ser um Mensageiro do Pai que desce à matéria não mais para ajustar-se com a própria consciência, mas para ajudar outras almas a despertarem as suas para a Verdade. Poderei ser alguém simplesmente Nascido para Amar, como propõe esta belíssima composição do Cancioneiro Espírita 1, que celebra com poesia inspirada e melodia encantadora o nascimento do Cristo!
* Para compreender melhor esse processo, sugiro O Que É Evangelização de Espíritos, capítulo "O Entendimento do Ser Espiritual", páginas 49 e seguintes. Autoria da Equipe Eurípedes Barsanulfo, pela médium Alzira Bessa França Amui.
Quando Santo Agostinho, respondendo à pergunta 919 do livro-base, nos remete ao clássico preceito grego conhece-te a ti mesmo, ele não está apenas demonstrando erudição, nem deduzindo obviedades espirituais. Ele está nos chamando a atenção para a chave mais segura de que dispõe o Espírito encarnado para cumprir seu propósito específico neste retorno ao mundo material.
É que antes de vir, nós planejamos. Escolhemos, com maior ou menor interferência dos Bons Espíritos, quais os pontos mais urgentes a serem trabalhados dentro da vasta anterioridade composta pelos quadros de memória e pelas referências energéticas que acumulamos ao longo dos milênios*. Determinamos sexo, família, local de nascimento, filiação religiosa, área de atuação profissional, possíveis reencontros com Espíritos afinizados pelo amor e também pela dor...
Reencarnamos dentro de um planejamento feito sob medida para que tenhamos de lidar frequentemente com os sentimentos doentes. Para que, nos deparando com eles, tenhamos a oportunidade reiterada de tratá-los, de reorganizar energeticamente o perispírito e, então, partir para outros passos na jornada espiritual.
Porém, se eu não me conheço, tudo se torna mais difícil. Vêm as ilusões, os velhos vícios, os relacionamentos doentios... E, se eu não reflito sistematicamente sobre mim mesmo, como Espírito que está em processo de reparação específica de determinados erros do passado, a tendência é a de ficar desnorteado quando a luta pede mais esforço, mais disposição, mais vontade de superação.
Se eu me dedico seriamente a entender o que vim fazer aqui, ganho em objetividade na hora das escolhas, em serenidade diante da prova e em fortaleza espiritual para superar obstáculos. E, nesse processo, a despeito das quedas que invariavelmente surgirão, poderei galgar com cada vez mais decisão o caminho da Vida Eterna, a vida do Espírito que já superou o ego e a ilusão material.
Poderei, como um dia Jesus, ser um Mensageiro do Pai que desce à matéria não mais para ajustar-se com a própria consciência, mas para ajudar outras almas a despertarem as suas para a Verdade. Poderei ser alguém simplesmente Nascido para Amar, como propõe esta belíssima composição do Cancioneiro Espírita 1, que celebra com poesia inspirada e melodia encantadora o nascimento do Cristo!
* Para compreender melhor esse processo, sugiro O Que É Evangelização de Espíritos, capítulo "O Entendimento do Ser Espiritual", páginas 49 e seguintes. Autoria da Equipe Eurípedes Barsanulfo, pela médium Alzira Bessa França Amui.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Vamos Semear um Ano Novo?
Nesse mês de dezembro tivemos a abençoada oportunidade de conduzir dois estudos sobre a Parábola do Semeador em Fortaleza. A primeira, na Mocidade Espírita Paulo e Estevão da Piedade, que por tantos anos nos acolheu, como jovem e trabalhador, e ainda hoje abriga afetuosamente quase metade do Espírito de Arte. A segunda, no Lar Espírita Chico Xavier, no Bom Jardim, a casa que, esperamos, venha a nos acolher quando chegar a hora do retorno à terra em que escolhemos renascer.
A conhecida lição do Rabi nos convida, como sempre, à reflexão. Mais do que isso, ela nos convoca a lançar um novo olhar sobre nós mesmos a partir de uma percepção mais apurada sobre a Natureza e alguns de seus infindáveis exemplos para o Espírito em trânsito sobre a Terra.
Que terreno temos sido nós? - é a pergunta que ecoa nos nossos ouvidos na voz amorosa, mas desacomodadora, do Mestre. Teremos sido daqueles que vivem tão imersos no cotidiano terreno que preferem fazer ouvido de mercador ao Chamado milenar da Verdade - ou, na linguagem parabólica, o terreno da estrada, do caminho, ainda absolutamente despreparado para receber a Semente?
Teremos permanecido entre os que recebem entusiasmados a Boa Nova para, no momento seguinte, voltar à "normalidade" da ilusão terrena, com seus cuidados, suas facilidades e conveniências sociais - ou, nos dizeres do Cristo, o terreno pedregoso, carente de profundidade, de experiências no Bem capazes de serem acionadas, de ressoarem ao contato com a Verdade?
Talvez já possamos ser contados em meio aos que compreendem a necessidade da renovação íntima, que entendem a essencialidade de se caminhar no Bem para se chegar à Verdade, mas que ainda têm tantos vícios, tantas enfermidades acumuladas na própria alma, que vêem a vontade de mudar frequentemente abafada pelas construções equivocadas feitas ao longo dos milênios - ou, na expressão do Senhor, o terreno espinhoso, que sufoca sistematicamente a planta que tenta germinar.
O terreno fértil é aquele em que a Eterna Mensagem produz abundantemente frutos de Transformação Espiritual, Renovação do Pensamento, Edificação do Sentimento, Fortalecimento da Vontade e de Desprendimento do ego em prol do Bem de todos... Bom, é a nossa meta! E seria um tanto pretensioso aquele que já se julgasse um terreno realmente fértil, habitando um mundo próprio para Espíritos em reedificação interior como é a nossa Terra.
Em todo caso, se a Perfeição é para daqui a muitos milhares de milênios, a decisão de trilhar o Caminho da Verdade é para, no mínimo, dois mil anos atrás... Portanto, como propõe esta belíssima composição espírita de Ana Maria Soares Pereira e Moacyr Camargo, comecemos a Semear agora e os Frutos do Bem virão irremediavelmente e num futuro bem próximo! Feliz Ano Novo com o Cristo de Deus sempre à nossa frente!
PS: Confira a letra da música aqui.
A conhecida lição do Rabi nos convida, como sempre, à reflexão. Mais do que isso, ela nos convoca a lançar um novo olhar sobre nós mesmos a partir de uma percepção mais apurada sobre a Natureza e alguns de seus infindáveis exemplos para o Espírito em trânsito sobre a Terra.
Que terreno temos sido nós? - é a pergunta que ecoa nos nossos ouvidos na voz amorosa, mas desacomodadora, do Mestre. Teremos sido daqueles que vivem tão imersos no cotidiano terreno que preferem fazer ouvido de mercador ao Chamado milenar da Verdade - ou, na linguagem parabólica, o terreno da estrada, do caminho, ainda absolutamente despreparado para receber a Semente?
Teremos permanecido entre os que recebem entusiasmados a Boa Nova para, no momento seguinte, voltar à "normalidade" da ilusão terrena, com seus cuidados, suas facilidades e conveniências sociais - ou, nos dizeres do Cristo, o terreno pedregoso, carente de profundidade, de experiências no Bem capazes de serem acionadas, de ressoarem ao contato com a Verdade?
Talvez já possamos ser contados em meio aos que compreendem a necessidade da renovação íntima, que entendem a essencialidade de se caminhar no Bem para se chegar à Verdade, mas que ainda têm tantos vícios, tantas enfermidades acumuladas na própria alma, que vêem a vontade de mudar frequentemente abafada pelas construções equivocadas feitas ao longo dos milênios - ou, na expressão do Senhor, o terreno espinhoso, que sufoca sistematicamente a planta que tenta germinar.
O terreno fértil é aquele em que a Eterna Mensagem produz abundantemente frutos de Transformação Espiritual, Renovação do Pensamento, Edificação do Sentimento, Fortalecimento da Vontade e de Desprendimento do ego em prol do Bem de todos... Bom, é a nossa meta! E seria um tanto pretensioso aquele que já se julgasse um terreno realmente fértil, habitando um mundo próprio para Espíritos em reedificação interior como é a nossa Terra.
Em todo caso, se a Perfeição é para daqui a muitos milhares de milênios, a decisão de trilhar o Caminho da Verdade é para, no mínimo, dois mil anos atrás... Portanto, como propõe esta belíssima composição espírita de Ana Maria Soares Pereira e Moacyr Camargo, comecemos a Semear agora e os Frutos do Bem virão irremediavelmente e num futuro bem próximo! Feliz Ano Novo com o Cristo de Deus sempre à nossa frente!
PS: Confira a letra da música aqui.
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