O escritor norueguês Jostein Gaarder é um velho conhecido do mercado internacional de best-sellers. Desde o início dos anos 90, quando lançou o clássico Sofies verden (ou O Mundo de Sofia), Gaarder tem se especializado em desenvolver narrativas profundamente humanas com forte influência da Filosofia. Histórias reflexivas, introspectivas, mas capazes de conquistar dezenas de milhões de leitores em todo o mundo.
Em 2008, veio a público o trabalho mais recente, Slottet i Pyreneene, que está sendo lançado agora em agosto no Brasil sob o título O Castelo dos Pirineus. O enredo trata de um ex-casal de namorados que se "reencontra" virtualmente 30 anos após o rompimento, dando início a uma troca de e-mails que revela uma incrível divergência entre as percepções de cada um sobre o antigo relacionamento e os motivos da separação.
Até aí, nada de novo. O que nos chamou a atenção foi o fato de os personagens terem sido escolhidos para representar o eterno embate entre razão e fé, ciência e espiritualidade. Isso porque Steinn, físico e meteorologista, é um racionalista de carteirinha, enquanto Solrun, professora e tradutora, uma espiritualista convicta. O detalhe é que Solrun, mais especificamente, é espírita, leitora assídua do Livro dos Espíritos.
Em uma série de entrevistas concedidas a jornais e TVs brasileiros, Gaarder revela que se debruçou detidamente sobre a obra fundamental da Doutrina Espírita para compor a personagem. E garante que ao longo do trabalho de elaboração d'O Castelo dos Pirineus, reviu seu próprio ceticismo pessoal sob a influência do diálogo com o trabalho de Allan Kardec, como se vê nesse vídeo gravado no último fim de semana durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Um comentário:
Amei o assunto do novo livro de Jostein Gaarder, estou louca pra ler. Adorei o post e o blog Espírito de Arte. Obrigada por todo este conteúdo delicioso. Beijos Doci
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