Parabéns para nós!Um mês e dois dias. Foi o tempo necessário para que o Portal Cearense de Arte Espírita batesse a casa dos 1.000 acessos, com quase duas mil visitas a páginas do site. Segundo o Google Analytics, já tivemos gente de Portugal, Estados Unidos, Japão, Suíça, Itália, México, França e Espanha dando uma espiada aqui. E além dos links para este blog que citamos no último De relance, temos agora também ligações no gigante Portal Garanhuns Espírita, na página da União das Sociedades Espíritas de São Paulo e no site Espiritismo na Era Digital. Novas fronteiras reais e virtuais, que pretendemos desbravar com cada vez mais garra em benefício da Arte Espírita!
Avaliação: O Amor Venceu
Não é tarefa simples adaptar um roteiro literário para o teatro. As linguagens são muito distintas, as formas de desenvolver a trama, idem... E mesmo quem sabe disso, nem sempre dá conta do recado. É mais ou menos o que acontece em O Amor Venceu, o espetáculo paulista apresentado na pré-estréia da Mostra deste ano. Figurino bonito, cenário vistoso, diálogos bem ritmados e um conflito central interessante, que fica claro logo nos primeiros minutos. Mas os pequenos pecados acabam sobressaindo na impressão final. Um narrador fantasma, típico de livros e pouco eficaz em teatro. Pior: trata-se de um narrador doutrinador, que recorre ao velho "espiritês" para "esclarecer" a dimensão espiritual daquilo que a platéia vê. O uso do jargão espírita acaba escapando também quase sempre que algum personagem fala de assuntos correlatos à doutrina, como a existência de Deus, reencarnação e Lei de Causa e Efeito. Mas o que pode incomodar mesmo até o espírita mais carola é a extensão da peça. São quase duas horas de um enredo fragmentado em várias pequenas histórias que ora se cruzam, ora se separam. Algo comum em livros, mas que extrapola a boa vontade de uma platéia teatral... Mesmo assim, pela beleza da peça, que conta com boas cenas e atores talentosos, vale a pena conferir. Só não pode ter pressa pra ir embora...
Um comentário:
É um dilema ainda não resolvido no movimento de arte espírita se esse jargão é ou não é necessário para se fazer uma obra de arte nossa. Minha crítica repudia essa prática. Mas há um outro extremo de se ficar velando o conteúdo espírita num jogo de esconder a obra dos preconceituosos da platéia. Esse extremo também é, da mesma forma, odioso.
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