sábado, 6 de setembro de 2008

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Machado de Assis visita a FEB

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Quem diria que o maior escritor brasileiro de
todos os tempos já andou se engraçando pro lado da Federação Espírita Brasileira...? O país era ainda Império, o Rio de Janeiro, a capital nacional, e a FEB mal abrira as portas. Em crônica publicada dia 05 de outubro de 1885 na Gazeta de Notícias, a mesma que viria a receber artigos espíritas de Bezerra alguns anos mais tarde, Machado atrai os leitores com a manchete: “Mal adivinham os leitores onde estive sexta-feira. Lá vai; estive na sala da Federação Espírita Brasileira, onde ouvi a conferência que fez o Sr. M. F. Figueira sobre o espiritismo”.

Mas, logo a seguir, vem a advertência aos que aguardaram um relato corriqueiro sobre a visita a uma instituição espírita: "Sei que isto, que é uma novidade para os leitores, não o é menos para própria Federação, que me não viu, nem me convidou; mas foi isto mesmo que me converteu à doutrina, foi este caso inesperado de lá entrar, ficar, ouvir e sair, sem que ninguém desse pela coisa."

Se já ninguém esperava por uma visita de Machado à FEB, que dizer de uma visita espiritual? Pois é isso mesmo o que ele relata dali por diante! Óbvio, vale destacar, que não se trata apenas de um relato. Como toda boa crônica machadiana, o texto é construído com base na figura de linguagem mais bem explorada de sua obra: a ironia. Acompanhe no link abaixo o texto completo
, indicação preciosa do ator, diretor, pesquisador literário e trabalhador espírita Gláucio Cardoso. Quem não ler à espera de uma profissão de fé espírita vai se divertir com as tiradas do autor, que elabora um final surpeendente para a trama! Confira:

http://espiritodearte.blogspot.com/2008/08/l-l.html

7 comentários:

Anônimo disse...

Por Allan-Kardec! Que crônica fantástica!, salvo alguns deslizes de digitação. Mas, Machado tem razão ao fazer o diabo se revelar como não tendo acabado. Vide as guerras mundiais que o escritor não presenciou, mas que, longe de serem apenas manifestações políticas, foram grandemente diabólicas. Boa crítica a que ele faz colocando na boca de um dirigente espírita a orgulhosa frase de querermos ser a panacéia das religiões, substituta universal. Não é bem assim! Viemos, sim, para aquecer o diálogo! E conseguimos...

Morg Ana disse...

Interessante é a frase do Machado de Assis "o espiritismo é uma fábrica de idiotas"...

Anônimo disse...

Interessante?

Espírito de Arte disse...

A crônica que colocamos aqui é interessante pelo valor literário que possui e pela forma inusitada de tratar o tema escolhido. Trata-se de uma peça de alto valor artístico, independente das idéias que defenda. Já a frase que você pinçou nada tem de relevante. Pelo contrário, se tivesse se preocupado em se inteirar da sentença completa ("O espiritismo é uma fábrica de idiotas e não pode subsistir"), saberia que se trata, antes de tudo, de uma previsão inconsistente de Machado. O espiritismo não só "subsistiu" mais de um século após a frase, de 1889, como cresce a olhos vistos, dia após dia...

LuizAlves disse...

Nem li o texto, mas vou me reportar ao comentário do Andrea com a sequencia do Espírito de Arte clareando o fundamentalismo do Andrea. A ciência do espírito é a ciência mais alta que existe, mas nao é conhecida pelas pessoas (padres, papas, pastores, médicos, cientistas ou estudiosos), nem reconhecida. Allan Kardec (não me lembro o nome verdadeiro dele) era um druida em uma de suas encarnações. O Francês que trouxe a doutrina espírita fez a sua parte que não foi pouca. Mas ainda é um campo vasto. Mas na simplicidade e caridade dos Espíritas podemos caminhar tranquilamente - sem exageros, sem idiotices televisisas ou da mídia. Para esclarecer melhor ao Andrea ele é um espírito. Se ele acha que é o corpo, bem... Só prá ver como temos que buscar esta ciência. Grato, não posso dizer nada mais, por enquanto. luiz_aaa@msn.com

Anônimo disse...

Pobre Andrea, ainda sem inteligente para assimilar a Doutrina Espirita.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o comentario do colega Luis e Andrea, quando não se tem nada de bom prá dizer é melhor calar-se!