Espírito de Arte discute Léon Denis
O Espírito de Arte encerra a semana de homenagens ao filósofo que o Centro Espírita Léon Denis (CELD), de Fortaleza, promove de 6 a 9 de janeiro, sempre às 19h30. Na sexta-feira, o grupo faz uma abordagem sobre Léon Denis e a Arte, com debate e apresentação artística. A cada dia, uma palestrante diferente aborda um aspecto da vida e da obra de Denis. Na terça-feira, Jorge Fontelles trata das obras mais conhecidas do autor. Na quarta, Pedro Barreto aprofunda detalhes relevantes de sua biografia. Quinta-feira é a vez do presidente, recém-eleito, da FEEC, Luciano Klein, destacar o lado orador, que fez de Denis um dos grandes divulgadores mundiais do Espiritismo, na virada do século XIX para o XX. O CELD fica na Rua Emílio de Menezes, 727, bairro Parangaba.
Arte Espírita pra curtir em casa
Que tal começar o ano sentado no sofá de casa, assistindo a um bom DVD de Música Espírita? Nada de amadorismo, nem de doutrinação. É Arte da boa mesmo, feita com qualidade e sensiblidade. Sem deixar nada a desejar em relação ao que tem de bom no mercado audiovisual. O DVD Arte Nascente traz dezesseis faixas com o melhor do repertório gravado ao longo de 20 anos pelo GAN (GO). Mais informações, e-mail para atendimento@gan.com.br. Agora, se você é mais de sentar pra ler um livro, com calma e tranqüilidade, então a pedida é o romance Nova Aurora, do dramaturgo catarinense Rogério Felisbino. A obra foi lançada em 2007, como parte das comemorações pelos 20 anos do NEA (SC), e é baseado em peça homônima de grande sucesso escrita pelo autor. Maiores informações, e-mail para zeh@neartes.org.br!
O Espiritismo e a Cultura Popular
Quem acompanha o Portal Espírito de Arte já sabe da importância que damos ao diálogo entre espiritismo e cultura popular. Foram quatro artigos específicos sobre isso, assinados por Allan Denizard, além de outros posts que tocam de forma mais ou menos direta o assunto. Pois bem, agora é a própria Coordenação de Artes da Federação Espírita do Estado do Ceará que desenvolve uma linha de pesquisa sobre o tema! O trabalho envolve especialistas na área, e promete render frutos concretos em curto espaço de tempo. É aguardar e se encantar com o que vem por aí!
10 comentários:
Muito legal o blog de vocês, realmente a doutrina espirita tem forte ligação com toda a forma de arte como uma maneira de elevação espiritual.
Já li muito a respeito em livros espiritas, inclusive citando que a arte no plano espiritual é mais bela e que muitos artistas terrenos são influênciados na composição de suas obras.
Voltarei com mais calma, ainda tenho muito para ler neste blog.
Beijos
Olá, pessoal!
Esse último CD/DVD do GAN é um dilema aqui em casa. Eu mesmo não tenho ainda uma opinião definitiva sobre ele.
Algumas músicas causam estranheza pela sua sonoridade extremamente "secular". Isso eu vi na cara dos meus pais e de outras pessoas mais velhas, e confesso que também pensei um pouco desse modo.
Provavelmente por causa do medo que tenho de acontecer com a música espírita o que ocorreu com parte da evangélica e da católica, que, de alguma forma, se transformou em um espetáculo como qualquer outro, até com suas versões feitas por bandas de forró.
Apesar disso, sempre considerei a sonoridade longe da doutrinação besta e chata como o maior mérito do GAN. Talvez eles tenham passado do meu limite? Não sei. Como disse, ainda não tenho uma opinião carimbada.
Até mais!
Neves, sua preocupação é mais do que compreensível. Quem cresceu acostumado a ouvir Grupo Ame e grupos correlatos tende mesmo a sentir certa estranheza ao se deparar com o que GAN e Alma Sonora fazem hoje em dia.
Até chegar à sonoridade atual, esse grupos passaram por etapas. Mas hoje fazem um trabalho equiparável, em qualidade, ao de qualquer profissional. Melodias envolventes, harmonias contagiantes, e isso tudo com letras claramente influenciadas pelo espiritismo.
Eles, pelo menos, não nos parecem ter "passado do ponto" que permite identificá-los com com a música espírita. E confiemos que não passarão!
Pois é, esse processo precisa, imprescindivelmente, de um estudo que os mantenha com os pés no chão, que os lembre que estão fazendo música espírita, o que não impede que os participantes trabalhem com música "popular" (não encontrei um rótulo melhor) alternativamente.
Mas sabe, Romário, acho que há também algumas músicas que eu não gostei por terem uma sonoridade que eu não gostaria mesmo se uma banda qualquer tocasse; não porque seja ruim, mas porque não gosto mesmo.
Acho que o Grupo Ame tenta fazer música espírita de qualidade.
E o GAN tenta, cada vez mais, fazer música não-espírita de qualidade.
A começar pelos nomes dos grupos, a coisa já fica bem evidente.
Um é declaradamente espírita e não tem qualquer problema com isso.
O outro é ocultadamente espírita e, mesmo se dizendo espírita entre quatro paredes, prefere evitar vínculos que o denunciem como tal para ser melhor aceito no mundo.
Acho que isso tem muita relação com a "coragem da fé" da qual nos falou Allan Kardec.
De qualquer forma, qualidade artística os dois grupos têm conseguido obter com excelência.
Já a qualidade doutrinária, aí é outra história...
Jorge Cearense
GEPE Piedade
Na minha singela opinião o GAN e o AME são grupos que fazem musica espirita. diferentes na sua abordagem, mas as duas são musicas espiritas. Eu conheço todos os musicos do GAN e eles são espiritas, nenhum esconde ou nega que o objetivo do grupo sempre foi e sempre será divulgar os principios e preceitos da doutrina espirita. Musica pra ser espirita não precisa dizer "venham irmãos, vamos reencarnar...e tal e tal e tal...os espiritos superiores, mentores espirituais..." enfim todas as nomenclaturas que só nós espiritas usamos. Como vamos conseguir divulgar a doutrina se não falamos com uma linguagem compreendida por outras pessoas!? Acho que são dois tipos de musicas espiritas que merecem destaque no seu jeito de fazer arte. Mas o que não podemos deixar de destacar é que enquanto as nossas mocidades ficam cada vez mais vazias, o Gan consegue lotar um show com mais de 1.500 pessoas cantando belissimas canções que falam sobre o amor, a superação, a fé e as leis morais. Quem não consgue enxergar espiritismo nisso...
Na minha opinião, acho que a preocupação dos grupos de música espírita não deve ser a de lotar um show e ficarem cada vez mais famosos. Se o objetivo for esse, algo está equivocado. Nem usar o artifício de mascarar letras deve ser um meio ou instrumento para se chegar a esse tal "sucesso". Divaldo Franco também lota ginásios, com a presença de espíritas e não-espíritas, e não tem problema algum em mencionar expressões como encarnação, espíritos superiores, mentores espirituais, espiritismo, doutrina espírita, mediunidade etc.
Creio que o exemplo de shows lotados não foi feliz.
Já com relação ao fato das mocidades estarem vazias, é preciso estudar as causas disso.
Certamente, os estudos da mocidade e um show de rock são situações bem distintas.
Ao que nos consta, o Gan é tão composto por trabalhadores espíritas quanto o Ame. Ambos contam com vinte anos de estrada, quatro CDs gravados e um trabalho que prima pela qualidade.
Mas as diferenças de sonoridade e de poesia são imensas. Enquanto o Gan tem uma notável influência do pop e do rock, o Ame faz uma música nitidamente religosa, mais lenta e bem divida em arranjos vocais.
A musicalidade do Ame acaba se refletindo nas letras, que carregam a intenção de divulgar uma doutrina, de explicar crenças e de pregar determinada verdade religiosa. De forma análoga, a sonoridade do Gan se traduz freqüentemente em letras despretensiosas, que carregam, muitas vezes, a nítida influência espírita, mas sem revelar a mínima preocupação com auto-afirmações, com a divulgação de identidades religiosas.
Um fala, diz por que, como e de onde tirou o que diz. O outro "naturaliza" as idéias que divulga, colocando-as de forma acessível, clara, mas sem revelar, no mais das vezes, a fonte.
Cada um faz aquilo que julga melhor para atingir seus objetivos. E, em nossa avaliação, faz bem. Ambos trabalhos espíritas, de qualidade, e eficientes dentro daquilo a que se propõem.
O Gan não "mascara" letras. Só tem a competência necessária para adaptar o discurso ao público. Eles não querem pregar espiritismo a ninguém. Querem levar a mensagem espírita ao público, particularmente jovem. E sabem que não é com jargão espírita que poderão disseminar da forma mais eficaz essa mensagem pelo mundo. Será que funciona? Basta comparar o alcance do trabalho deles com o de qualquer outro grupo musical espírita em atividade para avaliar o sucesso da estratégia...
Querido Romário e amigos do Espirito de Arte. É sempre um prazer passear por esse blog. Parabéns pelo trabalho de vocês aqui nesse blog. Allan, abração meu caro hóspede.
Não entrarei na discussão acima, apesar da vontade, por que estou no trabalho. Mas é sempre bom termos espaços para a discussão sadia de nossos entendimentos sobre a arte e o espiritismo. Mas gostaria de fazer uma correção: O livro Nova Aurora foi lançado em maio de 2008 e não em 2007. Grande abraço a todos!!!
Beijo enorme no coração
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