"A moça, com os sapatos apertados, estremeceu com medo de si própria. Tinha medo de se purificar tanto que não precisasse de mais nada. Como imaginar um ser que não precisasse de nada? era monstruoso. 'Não quero progredir', disse teimosa (...) Oh Deus, por que me escolheste para ser espírita e para compreender e saber?"
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Quando consegue marcar um encontro com Martim, Ermelinda chega mais cedo ao local combinado e aguarda sozinha por cerca de uma hora. É nesse meio tempo que reflete sobre si, seus medos e incertezas, a incapacidade de ser como gostaria e a falta de tempo para conquistar todos os sonhos... É aí que vem o medo da finitude e de uma certa insustentável leveza do Espírito. Com vocês, a reflexão espírita de Clarice Lispector:
http://espiritodearte.blogspot.com/2008/12/contedo-extra.html
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